domingo, 16 de dezembro de 2012

Fim de Ano e da Série

          2012 foi o ano da série "QUE ...!". Os dez sentimentos representam fatos que aconteceram comigo, de verdade, em diferentes fases da minha vida. MEDO, SAUDADE, VERGONHA, MALUQUICE, ALÍVIO, CHATICE, TRISTEZA, ALEGRIA, DOR e BELEZA. Senti tudo isso e revivi, com as histórias que contei aqui.

          Com o Bloguinho, desejo Feliz 2013 para nós todos!!!

sábado, 1 de dezembro de 2012

QUE BELEZA !

          As minhas "meninas" são demais! Filhas? Não, eu não tenho filhos. Mas, como se dizia antigamente para tudo que era bonito, elas são as meninas dos meus olhos. Todos os dias em que ando na areia da praia da Barra da Tijuca, bairro do Rio de Janeiro onde moro, eu as vejo.

          Como duas irmãs não gêmeas, são parecidas, mas não iguais. Estão sempre próximas e, no início da praia (Quebra-Mar), dão a impressão de serem uma só, bem grande.

          Vamos parar com o mistério? Afinal, quem são elas?

          São as ilhas Tijucas. Como todo pedaço de terra (ou rocha, caso delas) cercado de água por todos os lados, elas enfeitam ainda mais o mar, que é tão lindo!

          E o nome Tijucas? Procurei no dicionário (quando não sei, eu pesquiso) e achei: lodaçal, lama. Deve ser porque, antigamente, havia isso aqui.

          Certo dia, aconteceu um fato que me fez parar.

( Por que parei? Parei por quê? Descubram no próximo capítulo! )




             Geralmente, eu caminho direto, senão o exercício fica prejudicado. Mas, naquele dia, tive que parar. Fiquei olhando... admirando... pensando... Imaginei aventuras, perigos, esconderijos. Histórias!!!

          Um barco com a vela içada veio navegando e se colocou entre as duas ilhas. Uau, que visual! E eu que achava que não poderia haver nada mais belo do que a natureza pura... Quando fazemos coisas boas, como uma ponte, um mirante ou um veleiro como aquele, elas podem melhorar o que já existe.

          Uma pena que eu não tinha máquina fotográfica nem celular para bater uma foto daquela cena. Mas a imagem está arquivada na minha memória. Mar, ilhas, embarcação? Tempestade, tesouro, aventureiros? Ah, não! Outra história? Que BELEZA!

                                                      F I M

( Gravem os belos momentos que vocês viverem. Podem dar até história. Vem mais por aí, aguardem! ) 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

QUE DOR !

          Dor de dente, dor de barriga, dor de ouvido, quem gosta? Nem eu! Mas confesso para vocês que essa DOR eu provoquei. Fui a culpada pois poderia ter evitado. Se não estivesse pensando em ganhar. Ganhar o quê?

          Eu tinha onze anos e adorava jogar QUEIMADO, com minhas irmãs, meus primos e meus amigos. Tentarei explicar para quem não conhece. É um jogo com dois times, cada um no seu campo. A bola é de meia ou qualquer outra bem leve, para não machucar. O jogador pode agarrá-la ou desviar, mas, se ela bater nele e cair no chão, está queimado. Ele vai para o final do campo do time rival, depois da linha, e pode jogar, se a bola chegar nele. Terá, então, a chance de voltar para a quadra, caso queime algum adversário. A equipe que ficar sem jogador no seu campo perde o jogo.

          Nesse dia, meu primo Sérgio, que estava queimado, conseguiu pegar a bola e mirou em qual oponente (jogador do outro time)? EU! Sabem o que eu fiz?

( Este é um exemplo do jogo de QUEIMADO. Por enquanto, o time B está ganhando porque tem mais jogadores não queimados no seu campo. E eu, fui queimada  ou não? Já sabem que alguma DOR eu vou sentir. Descubram no próximo jogo, quero dizer, capítulo! )



            Nem pensar em perder! Eu corri de costas para poder a companhar a direção da bola. Andar de costas já é perigoso, imaginem correr! Não deu outra: tropecei, caí e me apoiei no braço. Que DOR! Para piorar, me vendo caída, meu primo me queimou facilmente. Continuei a jogar, mas meu braço inchou e doía muito. Eu não sabia se a DOR maior era a do braço ou da bolada que me fez sair da brincadeira.

          Resultado: hospital, raio X, gesso! O médico disse que eu tive uma fissura (rachadura) no rádio, osso do antebraço. Até gostei que todos na rua me olhassem e, em casa, fui bem paparicada.

          Depois, caí na real. Não podia jogar Queimado ou outra brincadeira de correr, nem desenhar (era o braço direito, não sou canhota), nem podia tomar banho de mar. No chuveiro, tinha que colocar um saco plástico para proteger. Era verão e o gesso me dava uma coceira... Em compensação (dizem que tudo tem um lado bom), aprendi a usar o braço esquerdo: comer, escovar o dente, escrever e até desenhar.

          E o jogo daquele dia? Qual foi o resultado? Não valeu o esforço nem a DOR porque o meu time perdeu. Ai! Ui!

                                                F I M

( Vamos jogar Queimado ? Mas sem cair, quebrar o braço e sentir DOR para ganhar o jogo, tá? Até a próxima história! )

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

QUE ALEGRIA !

          Meus pais tiveram cinco filhos e eu sou a mais velha. A casa era grande, não éramos ricos, então, todos tinham que ajudar, crianças e adultos. Varrer o quintal, lavar a louça, dar banho nos cachorros... Minha principal tarefa era fazer pequenas compras no mercado para minha mãe, pois eu já tinha oito anos. Eu não gostava muito, queria brincar, mas...

          - Regina, minha filha, vai comprar ovo e feijão. Regina, acabou o detergente. Regina!!!

          E lá ia eu. O mercado ficava no mesmo quarteirão da minha casa, levava cinco minutos a pé até lá. Um dia, a obrigação virou ALEGRIA. A rua do mercado começou a ficar diferente.

( O que mudou? Por que fiquei contente de ir ao mercado? Saibam no próximo capítulo! )


          Operários começaram a cavar buracos bem fundos na calçada toda. Iam colocar canos para transportar água, porque nosso bairro sofria com a falta do líquido precioso. Foi uma obra necessária, mas causava transtornos na vida das pessoas que passavam. Sujava os sapatos de terra, as ferramentas faziam barulho, a poeira ia para tudo quanto é lado! Os buracos duraram um bom tempo, pois eles abriam e, depois, cavavam em outras ruas.

          Muitos reclamavam, menos eu! Sabem por quê? Só ia ao mercado andando dentro dos buracos. Imaginava mil coisas. Eu me sentia o próprio tatu gigante, construindo a sua casa; uma princesa sendo perseguida por um monstro feroz; ou uma perigosa planta carnívora, crescendo cada vez mais; um robô lança-raios aprisionado numa caverna; um peixe dourado tentando sair de dentro da barriga da baleia...
E outras que já não lembro. Virou a minha brincadeira favorita. Passei até a me oferecer para fazer compras:

          - Mãe, não está precisando de nada do mercado?

          Ela fingia que não notava que eu demorava mais para chegar, com a roupa bem sujinha.

          É claro que, um dia, a obra acabou e fecharam os buracos. Mas, nesse tempo, eu tive muita ALEGRIA!

                                                           F I M

( Viva eu, viva tu, e o buraco do tatu!!! Até a próxima história! )

domingo, 14 de outubro de 2012

QUE TRISTEZA !

          Não vamos falar de grandes TRISTEZAS, pois elas são tristes demais: a morte de uma pessoa querida, a ida de alguém da família para longe, a separação dos pais. A TRISTEZA e outros sentimentos fazem parte das nossas vidas, mas posso contar uma TRISTEZA pequena, certo?

          Onde eu moro, todos os prédios têm, na calçada, canteiros com árvores ou plantas. Num deles, bem no meu caminho para a aula de natação, nasceu um pé de jiló. O porteiro me disse que não sabe como: ou foi passarinho ou alguém que, sem querer, jogou as sementes.  Eu via aqueles jilozinhos crescendo e ficava feliz, pois, ao contrário de muita gente, adoro jiló! Cru, frito, cozido, de qualquer maneira! No prédio "dono" do jilozeiro, ninguém gostava, inclusive o meu amigo porteiro. Além disso, comos eles são verdes e a planta é verde também, as pessoas na rua não percebiam aquelas preciosidades. Estava para mim! Todo dia em que eu ia nadar, colhia os legumes no pé e levava para comer em casa.

( Ué! Vocês devem estar perguntando cadê a TRISTEZA? Leiam na semana que vem o que aconteceu! )


          Um belo dia, que logo depois ficou feio, passando pelo prédio do jiló, reparei que estava em obras. A calçada estava cercada e os operários martelavam e cavavam pra valer. Eu, atrasada para a natação, nem olhei direito. Na volta, hora do almoço, os operários não estavam trabalhando. Aproveitei e fui fazer a minha colheita. Foi aí que notei: cadê o pé de jiló? Meu amigo porteiro me deu a triste notícia:

          - Dona Regina, a síndica mandou arrancar o "seu" pé de jiló. A árvore ao lado enraizou demais e levantou a calçada. Tiveram que refazer o piso todo.

          Fiquei arrasada:

          - Coitado do "meu" pé de jiló! Não fazia mal a ninguém.

          Ele tentou me consolar:

          - Ela disse que atrapalhava o trabalho, era feio e só a senhora gostava de jiló.

          Só eu? Mas eu sou eu! Por que atrapalha? Feio? Eu não acho.

          O jeito era me conformar, há coisas piores, mas fiquei muito triste. Plantaram uma roseira linda no lugar dele, o que diminuiu um pouco a minha TRISTEZA por perder o "meu" feinho e atrapalhado pé de jiló.

                                                       F I M

( Vocês gostam de jiló? Agora, para mim, só comprando no mercado. Mas pegar no pé, fresquinho e de graça, é bem melhor! Até a próxima história! )

domingo, 16 de setembro de 2012

QUE CHATICE !

          Eu estava cansada daquilo. Era muito chato! Uma hora, era o tio que vinha dar um conselho:

          - Regina, não deixe a matéria da escola acumular. Estude um pouco todo dia, para não ter que ver tudo na véspera da prova.

          Outra hora, era a avó que dava uma bronca:

          - Regina, a porta da geladeira não deve ficar aberta esse tempo todo! Gasta muita eletricidade e pode estragar os alimentos.

          Sem falar no castigo da mamãe ou do papai:

          - Regina, nada de cinema no fim de semana! Já sabe que não pode bater na sua irmã.

          Conselho, bronca, castigo. QUE CHATICE! Mas o tempo passou, cresci e virei adulta. Casei e não tive filhos; mas tive sobrinhos, amigos e alunos (porque me formei professora).

( E agora? Acabaram os conselhos, as broncas e os castigos para mim? Saberemos no próximo capítulo. )



          Quando estava com algum dos meus sobrinhos, preocupada com a saúde deles, eu aconselhava:

          - Você deveria comer mais legumes, verduras e frutas. Experimente outros tipos de carne, não só a vermelha. A comida saudável traz bem estar e energia para aguentar as tarefas e brincadeiras do dia.

          Ao ver meu amigo Ricardo jogar um copo de plástico no chão, reclamei:

          - Não suje a calçada! Este lixo vai se acumular e entupir os bueiros, causando enchentes. Além de tornar a rua feia.

          Os alunos que não apresentavam o trabalho de casa ou não estudavam, eu castigava:

          - Não poderão descer para o recreio! Ficarão terminando o dever e lanchando aqui na sala.

          E castigava:

          - Nota baixa? Recuperação nas férias!

          O que era tudo isso que agora eu fazia? Conselho, bronca e castigo. De novo! O erro pede para ser corrigido. É aí que a gente entende que essa CHATICE toda é para o nosso bem, para melhorar a vida e nos transformar em pessoas legais. Legal, né?

          Conselho de amiga, sem bronca nem castigo!

                                                     F I M

( Nem tudo que é chato é ruim. Quando vocês cresceram, também entenderão. Até a próxima história! )

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

QUE ALÍVIO !

          Ficar descalço, depois de tirar aquele sapato que apertou o seu pé. Fazer xixi, após muita procura para achar um banheiro na rua. Não quebrar o vaso preferido da mamãe ou de outra pessoa, mesmo tendo esbarrado nele, por estar correndo. Quando passamos por esses e outros sufocos, só dá vontade de falar: UFA!!!

          Eu tinha doze anos e participaria de uma peça de teatro amador, no salão da igreja que eu frequentava. O meu personagem era um dos principais (protagonista), portanto, a minha participação era grande e a minha fala, enorme. Mas estudei e decorei o texto e ensaiamos bastante com o responsável, Padre Rafael.

          Chegou a hora da apresentação! A cortina do palco estava ainda fechada. Espiei por uma fresta e vi que o salão estava lotado, à espera do espetáculo. Foi então que percebi que tinha esquecido o texto!

( E agora? Depois de tudo, a peça teria que ser cancelada? Adivinhem o que aconteceu no próximo capítulo! )



          Fiquei desesperada! Todos os colegas do elenco dependiam de mim. Tanto ensaio, tanta dedicação e a história era tão legal e engraçada! O público presente iria adorar. Eu lembrava do dinheiro dos ingressos para melhorar a igreja; teriam que ser devolvidos. O tempo que as pessoas na plateia desperdiçariam. Já pensava nos aplausos que eu perderia e nas vaias que eu ganharia.

          Comecei a suar e a me agitar. Vira para um lado, vira para o outro. De repente, acordei! Era tudo um sonho! Ou seria pesadelo?

          A realidade foi boa: à noite, deu tudo certo. Ninguém esqueceu coisa alguma, inclusive eu. Sucesso de público (todas as cadeiras ocupadas) e de crítica (aplaudiram de pé). Atores amadores não recebem pagamento, mas ganhamos um almoço maravilhoso, com um monte de coisas gostosas, oferecido por um casal de amigos da igreja, no dia seguinte. Todos queriam me conhecer, não a Regina atriz, mas...

          - Cadê a Pólvora? Cadê a Pólvora?

          "Pólvora" era o nome do meu personagem na peça: uma moça muito rabugenta e estourada. Mas ela não explodiu. Nem eu. Ufa!!! Que ALÍVIO!

                                                       F I M

( Gostaram? Então, palmas para mim!!! Até a próxima história. )

domingo, 1 de julho de 2012

Férias de Julho

          Férias de Julho? Eu e o Bloguinho estamos nessa também. Nada de texto novo! Enquanto isso, se puderem, coloquem a leitura em dia e vejam as historinhas já postadas (inclusive as postagens mais antigas, que só aparecem se vocês clicarem nelas). Em Agosto, eu volto com a corda toda. Aguardem!

domingo, 17 de junho de 2012

QUE MALUQUICE !

          Quando virei gente grande, tinha vontade de saber nadar, pois não pude aprender criança, como quase todo mundo.

          - Agora é tarde! Agora já era! - eu pensava.

          Aulas de natação para adulto, naquela época, poucos lugares ofereciam, só os clubes. E quem fazia, já sabia nadar, era para manter a forma e a saúde.

          Um dia, eu estava com trinta anos e a academia onde eu fazia ginástica, construiu uma piscina e anunciou "Aulas de Natação para Todos". Todos? Eu também? Fui conversar com o professor:

          - Será que eu aprendo com esta idade?

          - Claro que sim! Mas você tem que vir sempre, não pode faltar.

          Era a minha grande chance!

( Será que eu consegui aprender? Eu comparecia às aulas? Vejam o que aconteceu no próximo capítulo. )


          Estávamos no verão e lá ia eu, três vezes por semana, sem falta. Foi uma vitória aprender a respirar debaixo da água, flutuar, bater pernas e braços! Naturalmente, tudo isso sem muita coordenação, mas eu saía do lugar. Aos poucos, fui pegando o jeito e comecei a melhorar. O professor elogiava e incentivava:

          - É isso aí! Dá-lhe, Regina!

          Aí, chegou o frio, com chuva, vento e piscina sem aquecimento (nesse tempo, não havia)! Vocês pensam que eu desisti? Estava tão empolgada, que pegava, tanto a bolsa da natação (com touca, óculos, maiô, prancha) como guarda-chuva, casaco e meia. De manhã, bem cedo e com a temperatura da água bem baixa!

          As pessoas, na rua, me olhavam com aquela cara espantada, como a dizer:

          - Vai nadar com esse tempo? Está maluca?

          Toda orgulhosa do meu desempenho nas aulas, logo comecei a nadar os quatro estilos (crawl ou livre, costas, peito e golfinho). O inverno acabou, chegou o verão e, com ele, mais conforto para as minhas braçadas e pernadas. Frio, calor, frio, calor, todo ano. E assim, até hoje, sou uma nadadora! Mas confesso para vocês que, às vezes, naqueles dias bem cinzentos e feinhos, em que não dá vontade de sair da cama, eu mesma penso: "É muita MALUQUICE!"

                                                        F I M

( Muitas pessoas me chamam de maluca, mas a MALUQUICE deu resultado. Realizei meu sonho de aprender a nadar. Qual será a minha próxima MALUQUICE? Até a próxima história! )       

domingo, 20 de maio de 2012

QUE VERGONHA !

          Uma das maiores VERGONHAS que existem é fazer cocô na calça. Xi... Ninguém está livre de uma dor de barriga. Nós sabemos que pode acontecer com qualquer pessoa, criança ou adulto. Não foi o que aconteceu comigo nesse dia, mas pareceu. Deixem que eu explique.

          Eu já era grande, adulta, e fui à praia com meus amigos. Verão, sábado de sol, muita gente e o mar estava bem agitado. Entro ou não entro? Só na beirinha, tudo bem. Água no tornozelo. Mais um pouquinho. Água no joelho. Tranquilo. Água na cintura. Dá para molhar o cabelo, que calor!

          Foi aí que tudo virou de cabeça para baixo!

( O que aconteceu? Cabeça para baixo? Tudo plantou bananeira? E eu? Descubram no próximo capítulo! )



          Não foi tudo que virou de cabeça para baixo. Eu é que virei. Em todas as direções. Veio uma onda grande e levei o maior caldo. Vim rolando pela areia, engoli água salgada e ralei meu braço. Todo mundo olhando e rindo, principalmente meus amigos.

          Mas ainda vem o pior! Quando consegui levantar, com a ajuda de uma amiga, ela apontou para a parte de baixo das minhas costas e se acabou de rir. Não reparei que meu maiô estava com um bolão de areia no bumbum. Parecia que eu tinha feito muito, muito cocô. Eu dizia:

          - É areia! É areia!

          Não adiantou! Paguei mico mesmo assim. Foi uma gargalhada geral. Ainda bem que, naquela época, não havia vídeocassetada. Senão, eu já estaria lá!

                                       F I M

( Vocês já passaram VERGONHA? Pagaram mico? Contem para mim! Até a próxima história. )

terça-feira, 17 de abril de 2012

QUE SAUDADE !

          Sinto SAUDADE de tanta coisa... Pessoas que já morreram (meus pais queridos), animais que se foram (meus cachorros Sultão e Doval e meu porco Joventino), lugares que não existem mais (a casa enorme onde morei), brinquedos doados (minha boneca Gina Lúcia), até programas que passavam na televisão (desenhos animados, seriados). SAUDADE é a falta que eles fazem na nossa vida, pois sabemos que não voltarão.

          Recordo sempre a minha avó Elena, que era mãe da minha mãe. Ela não aprendeu a ler nem a escrever. Mas sabem o que ela sabia muito bem? Contar histórias. Como?! Como ela fazia, se não lia nem escrevia? De ouvir! Ouvir o que os outros falavam e dizer da maneira dela.

          Quando eu era bem pequena, ela me contou uma certa história que me marcou de jeito.

( Que história era essa? E por que ela foi tão importante para mim? Não percam o próximo capítulo! )


          Branca de Neve? Cinderela? Eu gostava, mas a minha favorita era "O Guerreiro e o Dragão" porque tinha tudo para o gosto de qualquer criança, menina ou menino: aventura, princesa, guerreiro, perigo, coragem!

          Coitada da minha avó! Toda noite, eu pedia para ela me contar e contar e contar, até eu dormir. Nós morávamos com ela e assim foi, até a família se mudar para a própria casa. Mesmo assim, quando a gente se encontrava, era tradição a bendita história, de novo! QUE SAUDADE!

          Porém, a SAUDADE pode se transformar em algo muito bom: eu mesma invento e conto as minhas histórias, para meninas e meninos. Eu me lembro da minha avó toda vez que posto, aqui no Bloguinho, e imagino que alguém, um dia, sentirá SAUDADE de mim, também.

                                                  F I M

( A tão falada história "O Guerreiro e o Dragão" foi postada no Bloguinho, em 11/02/2011. Tentei contar, pensando no modo como ela fazia. Acho que funcionou! Até a próxima história. )  

quinta-feira, 15 de março de 2012

QUE MEDO !

          Eu não enxergo muito bem. Desde treze anos, uso óculos, pois tenho alta miopia e astigmatismo. Algum de vocês tem também?

          Já adulta, comecei a fazer aulas de natação. Eu nadava no clube Mackenzie, no Méier, e tirava os óculos na piscina. Isto quer dizer que, na água e fora dela também, eu via tudo embaçado.

          Certo dia, eu fui distraída para o vestiário, trocar minha roupa. Nem reparei no "monstro" que veio na minha direção, junto com meus colegas gritando:

          - Olha o rato! Um rato!

          Era uma ratazana enorme! Eu subi na grade que cercava a piscina e berrei que nem uma maluca. Arranhei um pouco meu joelho e minha mão. Ainda bem que não me atacou e passou direto. Meu professor me acalmou:

          - Calma, calma, ele já foi embora!

          Passado o susto, aula normal.

( Rato dá MEDO mesmo! É um animal nocivo, que pode causar doenças. Será que ele foi embora? Não percam o próximo capítulo! )

    
          No dia seguinte, todos na piscina. Vamos começar? E lá fui eu, dando minhas braçadas e pernadas, até o outro lado. Quase chegando, reparei numa "coisa" se movendo, no fundo, meio marrom, meio cinza, e grande... O rato!!!

          Saí da água que nem uma lagartixa, me arrastando e gritando! Ué, lagartixa grita? Alunos e professores pararam. Que MEDO!

          Meu professor olhou para a raia onde eu estava e, tranquilamente, apontou e falou:

          - Regina, é aquilo?

          - É, é! E está vivo, se mexendo!

          Sempre calmo e, agora, segurando o riso, ele explicou:

          - É o ralo da piscina.

          Como eu não enxergo direito e com o rato do dia anterior na cabeça, o ralo e o movimento da água me confundiram. Minha colega Camila brincou:

          - Regina, até os nomes são parecidos: rato e ralo.

          O MEDO deu lugar a uma gargalhada geral. Até eu ri...

                                            F I M

( Ufa! Desta vez, o MEDO foi até engraçado. Acharam difícil de acontecer? Quem é muito  míope, como eu, vai entender. E, por falar em MEDO, se vocês ainda não viram, não deixem de ler a historinha "O Elefantinho Tem Medo. Medo De Quê? Medo do Medo.", que eu postei em 17/10/2010. )