domingo, 19 de dezembro de 2010

Paradinha Ligeira

          Quando as histórias terminam, eu sempre escrevo que, na semana que vem, tem outra. Mas, por causa das festas de fim de ano ( Natal e Ano Novo ), eu e vocês estaremos muito ocupados com família, amigos, presentes, comidas... Ufa!!! Portanto, a próxima história será na primeira semana do ano que se inicia. Desejo tudo de bom para vocês e até 2 011!

domingo, 12 de dezembro de 2010

A MULHER MAIS LINDA DO MUNDO

          Um garotinho perdeu-se da sua mãe, na rua, e chorava muito, chamando por ela. Um homem que passava, ao ver o desespero do menino, perguntou-lhe como era sua mãe. Sempre chorando, ele disse que ela era a mulher mais linda do mundo. E o homem apontava para todas as mulheres belas que passavam, mas o garotinho dizia que não eram sua mãe, pois ela era muito mais linda.

          E assim foi com várias pessoas que tentavam ajudar, ele sempre repetindo que ela era a mulher mais linda do mundo. Até que um guarda viu o tumulto e procurou saber o que acontecia.

( Você já se perdeu da sua mãe? É horrível, né? O que será que o guarda vai fazer? O final desta história será na semana que vem. )


          Após as explicações, com o menino sempre chorando e chamando pela mãe, o policial resolveu levá-lo para a delegacia, esclarecendo-lhe que assim seria mais fácil para ela encontrá-lo. No caminho, o guarda ia apontando para as mulheres bonitas, mas sem sucesso: nenhuma era a mãe do menino.

          Ao chegarem lá, havia muita confusão também porque uma senhora muito, mas muito feia, chorava desesperada diante do delegado.

          Ao se verem, os dois correram a se abraçar e beijar, como mãe e filho que eram. Diante do espanto do guarda, o garotinho perguntou-lhe ( como se estivesse afirmando, com a mais absoluta certeza ) se a sua mãe não era, realmente, a mulher mais linda do mundo.

                                                  F I M

( Como diz o ditado, "Quem ama o feio, bonito lhe parece." , para o garotinho, a mãe dele era a mulher mais linda do mundo. E a sua, também é? )

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A HORA DO CHORO

          Não chore, Fabinho, não chore! Assim, parece que nós somos seus inimigos. Você fica triste, a mamãe também e não adianta: amanhã, será tudo outra vez. Há coisas que têm que ser feitas todos os dias: comer, dormir, escovar os dentes, brincar ( disso você gosta, né? ).

          Você agitou o dia inteiro, fez muitas coisas, mas agora está precisando de uma boa limpeza. Aliás, como todo mundo. Que tal transformar a hora do banho numa boa brincadeira? E nós podemos participar.


Quem está consolando o Fabinho? Nós?! E como será a brincadeira? Saberemos na semana que vem.


          Imagine que o seu corpo é uma longa estrada, bem movimentada. Eu, o Sabonete, sou um carro que vai apressado para a cidade. A Esponja é um ônibus levando muitos passageiros para o trabalho. O Xampu é um caminhão atrapalhado, que derrama um pouco da sua carga. E a Água do Chuveiro é a chuva mágica que cai e faz com que tudo vire uma neve bem branquinha, a Espuma.

          Pronto! Terminou, viu?

          Valeu, amiguinho, gostamos muito de brincar com você, mas está na hora de se enxugar. Não! Não! Não chore, Fabinho!

                                                              F I M

São legais nossos AMIGOS do banho. Faça como o Fabinho e brinque com eles. Mas não precisa chorar quando acabar. No dia seguinte, tem mais. Por falar nisso, na semana que vem, tem mais história.

sábado, 13 de novembro de 2010

ARISTEU E FREDERICO

          Aristeu vivia feliz e tranquilo, até que, num belo dia ( para ele, bem feio ), surgiu Frederico. O problema era que Aristeu era o único galo para cuidar das galinhas, muitas e muitas, do galinheiro da fazenda. Ele cuidava e bem, mas, como já estava ficando idoso, o dono decidiu trazer um galo jovem para ajudar Aristeu.

          Difícil era ver que tudo que ele fazia bem devagar, as tarefas e atividades diárias que o deixavam exausto, Frederico terminava num piscar de olhos. O galinheiro ganhou em eficiência, as galinhas estavam mais produtivas e o dono recolhia os ovos com um largo sorriso.

          Enciumado com o sucesso do outro, Aristeu começou a ficar preocupado, sentindo-se velho e inútil. Estava vendo a hora em que seria mandado embora. A gota d' água foi quando, um dia, Frederico chamou-o de "TIO". Aos berros e com as penas eriçadas, respondeu:

          - Eu não sou seu tio!!!

          Frederico, magoado, eriçou as penas também e avançou:

          - Você está muito chato, Aristeu, eu não quis ofender. Tem razão. Tio, não. VOVÔ!

          - O quê? Seu fedelho atrevido!

          E começavam a se preparar para a briga, quando as galinhas cacarejaram o mais alto que puderam.

( Ih... A chapa está esquentando... Haverá briga de galo? Não percam o emocionante final na próxima semana! )




          Com isso, elas atraíram a atenção do dono, que veio correndo e logo entendeu toda a situação. Entrou no galinheiro, pegou os dois galos no colo e falou:

          - Vocês dois são importantes para mim e para o galinheiro. Você, Aristeu, é o passado, a sabedoria. Você, Frederico, é o futuro, a novidade. Os dois juntos podem fazer o presente melhor. Com a sua experiência, Aristeu, e a sua curiosidade, Frederico, sempre haverá o que ensinar e o que aprender, para o trabalho e a vida serem motivo de realização e felicidade. Cada um tem o seu lugar. Sem brigas, certo? Agora, apertem as asas.

          E para comemorar, o dono comprou pacotes da ração preferida, pegou o seu acordeão e tocou e cantou para eles. Que festa! Aristeu e Frederico, pazes feitas, chamavam as galinhas para dançar e, quando acabavam, agradeciam educadamente:

          - Obrigado, senhora. Obrigado, senhorita. - lentamente dizia Aristeu.

          - Obrigado, senhora. Obrigado, senhorita. Obrigado, senhora. Obrigado, senhorita. - rapidamente dizia Frederico.

          - Obrigado, senhora. Obrigado, senhorita.

          - Obrigado, senhora. Obrigado, senhorita. Obrigado, senhora. Obrigado, senhorita... Pô, Aristeu, foi mal! Desculpe.

          Frederico, com a sua agilidade, sem querer, dançou com Aristeu!!!

          Foi uma gargalhada geral.

                                                   F I M

Nada como uma boa conversa. Bem melhor assim. Pra que brigar? Até a semana que vem.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

BRINQUEDO PROIBIDO

          Todas as pessoas de quem eu gosto me dão presentes e ganho muitos brinquedos. Eu me divirto muito com eles, mas o meu favorito, descobri ontem. Só que deu uma grande confusão!

          Quando eu o encontrei, ele não estava no meu quarto e, sim, no banheiro. Subi no banquinho, peguei, abri e foi aquela alegria: um cheiro gostoso e uma cor tão bonita! E logo tudo ficou mais cheiroso e mais bonito, o chão, as paredes, os móveis, eu...

          Foi então que ouvi um grito:

          - Não!!! Isso não é brinquedo!

( Qual será o brinquedo? Por que será que ele é proibido? Não percam na semana que vem! )




          Era a Mamãe. Tirou logo da minha mão e escondeu depressa no armário bem alto. Na hora, eu não entendi. Como não é brinquedo, se é tão divertido? Depois, eu percebi que era porque eu peguei o brinquedo dela. A Mamãe é igual a mim, não quer que ninguém brinque com os seus brinquedos.

          Tchau, BATOM, não posso mais brincar com você!

                                                F I M

( Conselho de amiga: brinquem somente com seus brinquedos! Até a semana que vem, com outra história. )

domingo, 17 de outubro de 2010

O ELEFANTINHO TEM MEDO. MEDO DE QUÊ ? MEDO DO MEDO

          ELEFANTINHO: - Uá, uá, snif, uá, uá, snif...

          MEDO: - Medroso! Medroso! Ah, ah, ah, ah! Viu? Eu não disse? Eu é que mando em você. Sou o Medo Super-Poderoso.

          MOÇA: - O que aconteceu, Elefantinho? Por que você está chorando?

          ELEFANTINHO: - Snif... Estou chorando porque vi um ratinho bem pequenininho, mas fiquei apavorado. E esse monstro aí disse que é o Medo e que ele mora dentro de mim. Uá, snif...

          MEDO: - Medroso! Bobão!!!

          MOÇA: - Espere só um instante, Elefantinho, que eu já volto para conversar com você. (Para o Medo): Bobão é você! Fique quieto e calado aí, que nós vamos conversar.

          MEDO: - Mas eu...

          MOÇA: - Boca fechada!

          ELEFANTINHO: - Nossa! Ele ficou quieto mesmo! Como você conseguiu?


( Medo do Medo??? E quem será a Moça? Saberemos na próxima semana. )



          MOÇA: - Você também pode conseguir. Acontece que ele não é nenhum monstro, como está se gabando. Ele é apenas uma coisa que qualquer um pode sentir.

          ELEFANTINHO: - Qualquer um? Não sou só eu?

          MOÇA: - Não! Até gente grande. Você pode sentir medo de várias coisas: de um animal, como você sentiu, de coisas que existem ou de coisas que não existem, como um fantasma. Ele pode provocar diferentes reações: suor, tremedeira, arrepio, dor de barriga, palpitação, gagueira, choro...

          ELEFANTINHO: - Eu chorei muito.
         
          MOÇA: - Muito natural, viu?

          ELEFANTINHO: - E eu posso fazer alguma coisa?

          MOÇA: - Claro! Primeiro, você deve aceitar que está com medo. Só cuide para que ele não aumente muito, senão vira pavor ou até mesmo fobia. E isso pode atrapalhar a sua vida.

          ELEFANTINHO: - Pavor e fobia são medos muito grandes, né? Eu teria que ir ao médico?

          MOÇA: - Isso mesmo. Mas, em segundo lugar, você pode me procurar.

          ELEFANTINHO: - E onde posso lhe encontrar?

          MOÇA: - Eu também moro dentro de você. Nós dois juntos podemos vencer o Medo.

          ELEFANTINHO: - Mas quem é você?

          MOÇA: - Eu sou a Coragem. Sempre que você sentir medo, mesmo que eu esteja lá no fundo, me procure. Você vai sentir uma força que vai ajudar a derrotá-lo.

          ELEFANTINHO: - Coragem, depois da minha mãe, você é a minha melhor amiga!!!


                                            F I M

Gostaram? Vocês poderão brincar de teatrinho com seus amigos. São três personagens: o Elefantinho, o Medo e a Moça, que é a Coragem. Até a próxima história, na semana que vem.          


domingo, 3 de outubro de 2010

O ANIVERSÁRIO DO TUBARÂO

( E vai rolar a festa, vai rolar??? )


          Era uma vez um Tubarão muito malvado e agressivo. Ele perseguia, batia, mordia e maltratava todos os amiguinhos do mar, que, por isso, tinham muito medo dele.

          Até que, certo dia, chegou o aniversário do Tubarão. Os pais dele, Mamãe Tubarão e Papai Tubarão, prepararam uma festa maravilhosa, com pipoca, sanduíches, pizzas, bolo, doces, sucos e refrigerantes. Quem não gosta?

          Quando chegou a hora marcada, o Tubarão, todo animado, foi esperar os convidados na porta de casa. Mas ninguém apareceu. O Tubarão ficou nervoso e começou a chorar. Papai e Mamãe Tubarão começaram a discutir, um culpando o outro:

          - Você é uma mãe muito fraca, faz tudo o que ele quer.

          - E você fica mandando ele ser homem, não levar desaforo para casa.

          Aí, o Tubarão não aguentou:

          - Chega! Chega, vocês dois! Além de não ter convidados, o meu aniversário tem briga de pais!

          Seus pais se desculparam e foram conversar com ele:

          - Meu filho, você só sabe agredir e brigar com os outros. Como quer ter amigos assim?

          O Tubarão percebeu que seus pais tinham toda a razão e chorou mais ainda:
     
          - Ah! Como estou infeliz...

          Neste momento, passava o Peixinho Azul, que escutou todo o drama e acabou ficando com pena do Tubarão: deve ser muito triste passar o aniversário sem os amigos. Ao vê-lo, o Tubarão e seus pais pediram sua ajuda.

          - Eu prometo, Peixinho Azul, que nunca mais vou maltratar alguém. Papai e Mamãe são testemunhas.

          - Está bem, não fique triste, vou ajudar você.

Conseguirá o Peixinho Azul ajudar o Tubarão? De que maneira? Você tem um colega assim, que bate em todo mundo? Não percam o final desta história, na semana que vem!



          O Peixinho Azul nadou rapidinho e chamou os amiguinhos do mar para uma reunião urgente. Quando todos chegaram, ele falou:

          - Atenção! Atenção! Quem foi convidado para a festa de aniversário do Tubarão?

          Todos levantaram.

          - E quem vai à festa do Tubarão?

          Ninguém levantou.

          - Pois eu preciso falar uma coisa para vocês: o Tubarão está arrependido de tudo  que fez e promete que não fará mais. Pede que venham à festa dele.

          Aí, o Camarão falou:

          - Mas nós temos medo. Ele pode querer nos comer.

          - Ele prometeu na frente dos pais dele. - afirmou o Peixinho Azul.

          A Lagosta disse:

          - Ah, assim eu acredito.

          - Eu não comprei presente! - lembrou a Estrela do Mar.

          - Vamos todos ao Shopping do Mar comprar presentes para ele? - propôs a Baleia.

          - Boa ideia! Cada um compra uma coisa diferente. - disse o Cavalo Marinho

          E depressinha, compraram bola, boné, camiseta, brinquedos, jogos, bombons, livros ... Quando chegaram à casa do Tubarão, estavam um pouco amedrontados. Mas ele recebeu os amigos com toda educação e alegria.

          - Sejam bem-vindos. Que bom que vocês vieram! Obrigado e desculpem por tudo que fiz.

          O polvo falou por todos:

          - Tudo bem, amigo, conte sempre conosco.

          E os amigos do mar:

          - Parabéns, Tubarão! Feliz Aniversário!

          Mamãe e Papai Tubarão convidaram:

          - Entrem! Comam, bebam e brinquem bastante. Boa festa!

          Deram os presentes, comeram, beberam e brincaram bastante. Cantaram "Parabéns" na maior animação. Foram embora bem tarde, com pena, pois a festa foi ótima, bem divertida.

          No dia seguinte, o Tubarão fez questão de agradecer a cada um o presente, prometendo ser educado e amigo. Hoje, o fundo do mar é só felicidade.

                                        FIM

E aí, gostaram? Podem mandar desenhos e comentário. Na semana que vem, contarei outra história.