domingo, 7 de julho de 2013

GUERRA NA COZINHA

          Foram três batalhas que eu perdi. Meu super-poderoso inimigo? Pequeno, fininho e virou pó: o FERMENTO! Todo bolo leva fermento para crescer e ficar fofinho, mas tem que ser na medida certa. Eu errava todas.

          Primeiro, foi o bolo bomba. Eu não sou terrorista (aquele que usa armas para eliminar outras pessoas), porém ele explodiu dentro do forno! Depois, foi o bolo pista de skate. Cresceu, cresceu e logo murchou, formando uma inclinação radical! Isso tudo foi contado, aqui no Bloguinho, na história do dia 21 de janeiro de 2 011, "O BOLO BOMBA".

          Na terceira vez, nem tive coragem de contar! Foi o bolo bunda (que vexame!), pois parecia que alguém caiu sentado em cima dele e achatou o coitado, deixando aquela marca de bumbum.

          Muito fermento, pouco fermento. Bandeira branca! Me entreguei. Não faço mais bolo!

 ( Será que foi a minha derrota? Eu desisti mesmo de fazer bolo? Descubram no próximo capítulo! 


          Olhava para aquela latinha, no fundo do armário da cozinha, com a aparência tão indefesa, e fugia, como quem avista um grande perigo. Passei a só comprar bolo pronto.

          Certo dia, Lili, uma amiga da natação, que tinha o mesmo problema que eu, me contou que fez um bolo e deu certo. Nem pensar, eu pensei!

          Ela insistiu, me mandou email com a receita e todo dia me cobrava:

          - Já fez o bolo? Vai dar certo, deu certo comigo!

          Por uma questão de honra (e para ela parar de me perturbar), decidi aceitar o desafio. Comprei os ingredientes, inclusive o temido fermento. Era bem fácil. Coloquei tudo no liquidificador, sendo que o último foi ele, o bandido, o malvado, o monstro! Medido com todo o cuidado, nem de mais, nem de menos. Despejei na forma untada e levei ao forno já quente por quase quarenta minutos. Ansiosa, a todo instante eu olhava pelo vidro, como um espião vigiando alguém.

          Estava com cara de bolo. Apaguei o forno, esperei esfriar e desenformei.

                                ? ? ? ? ? ? ? 

( Deu certo? Deu bolo? Nada de comemorar vitória antes do tempo! Vamos esperar o próximo capítulo. )

          Atingi o alvo! Nem acreditei: bonito, saboroso e saudável, pois tinha... Calma, depois eu dou a receita.

          Agora, me pergunto: a guerra acabou? Outra pergunta: o fermento deixou de ser o grande vilão ou me aprontará outra armadilha? Mais uma: além de blogueira, serei boleira?

          Enquanto eu não faço outro e respondo a todas, darei a vocês a receita do bolo que selou a paz entre nós:

3 ovos
1/2 xícara de óleo
3 maçãs picadas com a casca, mas sem as sementes
2 xícaras de farinha de trigo integral
2 xícaras de açúcar mascavo e ...
tchã!, tchã!, tchã!, 1 colher de sopa de FERMENTO

          Conhecendo o adversário, quero dizer ex-adversário, ou melhor, aliado:

          O fermento foi descoberto há muito, muito tempo, por acaso. Caiu água num pão, que aumentou de tamanho, pois surgiram bichinhos (micro-organismos). Irc! Parece nojento, mas é assim mesmo.
         Ele pode ser orgânico (natural), onde a fermentação é feita com uma farinha que se deixa azedar e criar fungos. É conhecido como fermento biológico e usado na fabricação de pães e bebidas, como a cerveja.
          Ou pode ser inorgânico (químico), obtido de uma substância chamada bicarbonato de sódio. Vem em pó e é utilizado em bolos.
          Serve para desenvolver, fazer crescer, transformar os alimentos.

                                            F I M

( Se vocês tiverem outras receitas fáceis como esta da história, mandem para mim pelos comentários. Tentarei, prometo! )