Onde eu moro, todos os prédios têm, na calçada, canteiros com árvores ou plantas. Num deles, bem no meu caminho para a aula de natação, nasceu um pé de jiló. O porteiro me disse que não sabe como: ou foi passarinho ou alguém que, sem querer, jogou as sementes. Eu via aqueles jilozinhos crescendo e ficava feliz, pois, ao contrário de muita gente, adoro jiló! Cru, frito, cozido, de qualquer maneira! No prédio "dono" do jilozeiro, ninguém gostava, inclusive o meu amigo porteiro. Além disso, comos eles são verdes e a planta é verde também, as pessoas na rua não percebiam aquelas preciosidades. Estava para mim! Todo dia em que eu ia nadar, colhia os legumes no pé e levava para comer em casa.
( Ué! Vocês devem estar perguntando cadê a TRISTEZA? Leiam na semana que vem o que aconteceu! )
          Um belo dia, que logo depois ficou feio, passando pelo prédio do jiló, reparei que estava em obras. A calçada estava cercada e os operários martelavam e cavavam pra valer. Eu, atrasada para a natação, nem olhei direito. Na volta, hora do almoço, os operários não estavam trabalhando. Aproveitei e fui fazer a minha colheita. Foi aí que notei: cadê o pé de jiló? Meu amigo porteiro me deu a triste notícia:
          - Dona Regina, a síndica mandou arrancar o "seu" pé de jiló. A árvore ao lado enraizou demais e levantou a calçada. Tiveram que refazer o piso todo.
          Fiquei arrasada:
          - Coitado do "meu" pé de jiló! Não fazia mal a ninguém.
          Ele tentou me consolar:
          - Ela disse que atrapalhava o trabalho, era feio e só a senhora gostava de jiló.
          Só eu? Mas eu sou eu! Por que atrapalha? Feio? Eu não acho.
          O jeito era me conformar, há coisas piores, mas fiquei muito triste. Plantaram uma roseira linda no lugar dele, o que diminuiu um pouco a minha TRISTEZA por perder o "meu" feinho e atrapalhado pé de jiló.
                                                       F I M
( Vocês gostam de jiló? Agora, para mim, só comprando no mercado. Mas pegar no pé, fresquinho e de graça, é bem melhor! Até a próxima história! )
 

 
Regina não gosto de jiló,mas foi muita maldade arrancar uma planta que a gente só vê na"roça"! Ainda mais tendo alguém que todo o dia comia um jilozinho hahaha... Falando sério, fiquei tristinha também! Bjos Lena
ResponderExcluirOi mana, se eu morasse perto de vc, teriamos q dividir os jilos! Eu tambem ADORO! Foi uma pena mesmo! Acho q vou plantar um aqui no meu predio e se crescer, te convido p/um lanchinho. Rs, rs. Bjssssss Marcia
ResponderExcluirCoitadinho do jiló :0(
ResponderExcluirFicou eternizado nesse conto :0)