Eu estava cansada daquilo. Era muito chato! Uma hora, era o tio que vinha dar um conselho:
- Regina, não deixe a matéria da escola acumular. Estude um pouco todo dia, para não ter que ver tudo na véspera da prova.
Outra hora, era a avó que dava uma bronca:
- Regina, a porta da geladeira não deve ficar aberta esse tempo todo! Gasta muita eletricidade e pode estragar os alimentos.
Sem falar no castigo da mamãe ou do papai:
- Regina, nada de cinema no fim de semana! Já sabe que não pode bater na sua irmã.
Conselho, bronca, castigo. QUE CHATICE! Mas o tempo passou, cresci e virei adulta. Casei e não tive filhos; mas tive sobrinhos, amigos e alunos (porque me formei professora).
( E agora? Acabaram os conselhos, as broncas e os castigos para mim? Saberemos no próximo capítulo. )
Quando estava com algum dos meus sobrinhos, preocupada com a saúde deles, eu aconselhava:
- Você deveria comer mais legumes, verduras e frutas. Experimente outros tipos de carne, não só a vermelha. A comida saudável traz bem estar e energia para aguentar as tarefas e brincadeiras do dia.
Ao ver meu amigo Ricardo jogar um copo de plástico no chão, reclamei:
- Não suje a calçada! Este lixo vai se acumular e entupir os bueiros, causando enchentes. Além de tornar a rua feia.
Os alunos que não apresentavam o trabalho de casa ou não estudavam, eu castigava:
- Não poderão descer para o recreio! Ficarão terminando o dever e lanchando aqui na sala.
E castigava:
- Nota baixa? Recuperação nas férias!
O que era tudo isso que agora eu fazia? Conselho, bronca e castigo. De novo! O erro pede para ser corrigido. É aí que a gente entende que essa CHATICE toda é para o nosso bem, para melhorar a vida e nos transformar em pessoas legais. Legal, né?
Conselho de amiga, sem bronca nem castigo!
F I M
( Nem tudo que é chato é ruim. Quando vocês cresceram, também entenderão. Até a próxima história! )